domingo, 12 de dezembro de 2010 1 comentários

Personalidade


Não consigo descrever o sentimento que sinto certas vezes em relação a algumas pessoas que convivo no meu dia-a-dia, e automaticamente tive a aptidão de começar a perceber gestos e reações que há alguns anos atrás eu nem ousava apreender.  Não posso e nem devo soar isso como uma crítica, pois sou convicta que nesse tipo de caso as pessoas não mudam. Posso afirmar que todos mudam gostos, caminhos, amigos, vida. Mas o principal, o essencial que nasceu dentro de cada um desde sempre permanecerá lá, intacta. E o que pude perceber, foi que em casos distintos, alguns simplesmente não possuem esse essencial tão importante para a formação de cada um. Eu prefiro chamar isso de personalidade, ou neste caso, a falta dela. A imitação poderia ser um exemplo, mesmo que seja o menor dos modelos. Não conseguir idealizar, carecer sempre de alguém para plagiar ou comboiar como exemplo, sem ao menos derramar um pouco da sua própria tinta no quadro que já tantos pintaram. O “sim” e o “não” parecem fora de cogitação, optando na maioria das vezes o “talvez” ou o “tanto faz”. Insípido e incolor. Aos poucos reparo, e chego à conclusão que isso mais parece com uma doença pegajosa e contagiosa, e que essa legião aumenta em uma extrema seqüência.
Em tantos casos, as pessoas não têm voz ativa pelo simples fato de estarem acostumadas ao comodismo, o que seriamente me incomoda. Não é fácil ter uma personalidade própria, sendo sempre alvo de posições diferentes, mas tentar lembrar que todo mundo tem o seu diferencial, o que torna esse mundo tão distinguido.
 
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