terça-feira, 9 de outubro de 2012 9 comentários

Angústia


      Não conseguindo evitar alguns problemas sentimentais casuais da vida, minha primeira atitude é deitar-me, fechar os olhos e esperar que a dor passe em algum momento. Notando que esse ato não soluciona por total a minha dor, ponho-me a escrever. Pode não parecer verdadeiro, mas isso alivia deveras um peito apertado. E não digo que, no meu caso, seja uma angústia extremamente terrível. É aquele tipo de sentimento que aparece do nada, sem hora para vir, nem hora para voltar. É um sentimento também inexplicável. Aparentemente tudo estava bem, seguindo no seu trajeto normal de uma vida cotidiana, e de um momento para o outro, você entra em uma aflição profunda, não sabendo a fonte nem o motivo dessa reação inesperada. O caso é que isso é totalmente natural. O ser humano possui tantos sentimentos variados dentro do peito que é simplesmente impossível classificar somente uma emoção dentro de alguém. O mais contraditório de tudo isso é que, ao mesmo tempo  que isso parece ser magnífico, é muito doloroso. Podemos sofrer por um ente querido, por um amor não correspondido, assim como também podemos estar passando por um tipo de consternação enigmática e talvez insolúvel. E não podendo resolver um caso incompreensível, faz parecer que nós, humanos, somos impotentes perante as nossas emoções. Não só parece, nós realmente somos, e assim a vida segue. O mais incrível, é que estes conflitos de emoções, estes antônimos tão significativos, como paixão e ódio, felicidade e tristeza, fazem parte essencial do nosso ser, e é impraticável extrair isto dentro de nós. Para ser sincera, gostaria que vocês  não desejassem retirar estes sentimentos de seus interiores, jamais, pois são as emoções que nos tornam capazes de amar, de perdoar, e principalmente, de nos tornar mais humanos. 
 
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