Não
conseguindo evitar alguns problemas sentimentais casuais da vida, minha
primeira atitude é deitar-me, fechar os olhos e esperar que a dor passe em
algum momento. Notando que esse ato não soluciona por total a minha dor, ponho-me
a escrever. Pode não parecer verdadeiro, mas isso alivia deveras um peito
apertado. E não digo que, no meu caso, seja uma angústia extremamente terrível.
É aquele tipo de sentimento que aparece do nada, sem hora para vir, nem hora
para voltar. É um sentimento também inexplicável. Aparentemente tudo estava bem,
seguindo no seu trajeto normal de uma vida cotidiana, e de um momento para o
outro, você entra em uma aflição profunda, não sabendo a fonte nem o motivo
dessa reação inesperada. O caso é que isso é totalmente natural. O ser humano
possui tantos sentimentos variados dentro do peito que é simplesmente impossível
classificar somente uma emoção dentro de alguém. O mais contraditório de tudo
isso é que, ao mesmo tempo que isso
parece ser magnífico, é muito doloroso. Podemos sofrer por um ente querido, por
um amor não correspondido, assim como também podemos estar passando por um tipo
de consternação enigmática e talvez insolúvel. E não podendo resolver um caso
incompreensível, faz parecer que nós, humanos, somos impotentes perante as
nossas emoções. Não só parece, nós realmente somos, e assim a vida segue. O
mais incrível, é que estes conflitos de emoções, estes antônimos tão
significativos, como paixão e ódio, felicidade e tristeza, fazem parte
essencial do nosso ser, e é impraticável extrair isto dentro de nós. Para ser
sincera, gostaria que vocês não desejassem retirar estes sentimentos de seus interiores,
jamais, pois são as emoções que nos tornam capazes de amar, de perdoar, e principalmente, de nos tornar mais humanos.
terça-feira, 9 de outubro de 2012
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Angústia
terça-feira, 17 de julho de 2012
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Anencefalia
No
dia 12 de abril de 2012, foi aprovado pelo Supremo Tribunal Federal, o aborto
em casos de anencefalia. Como o feto apresenta ausência de grande parte do
crânio e do cérebro, foi posto em questão a aprovação da interrupção da
gravidez nesses casos específicos, pois a criança possui chances ínfimas de
sobreviver.
Olhando por esse prisma, creio que a decisão final tenha sido válida, uma vez que o feto apresenta uma mínima probabilidade de resistir, além do sofrimento por parte dos pais, e de riscos à saúde que a mãe pode sofrer. Prolongar a gravidez nessas circunstancias é adiar ainda mais a dor. A gestante não será obrigada a abortar, caso não seja essa a sua decisão, mas mulheres que são a favor do aborto nessas situações e que estão obstinadas a acabarem com esse sofrimento têm o direito de interromper a gestação. Os pais com o conhecimento da doença e das poucas chances de sobrevivência estão delongando cada vez mais esta angústia. Outro fator importante e que é necessário ser lembrado é de que a gravidez e o parto com um feto anencefálico possuem riscos maiores do que a gravidez normal, pois pode ocorrer hipertensão, hemorragias e infecções. A gestação tende a se prolongar além de 40 semanas e também ocorre uma maior incidência de infecções pós-cirúrgicas, entre outros danos à saúde. Assim como problemas físicos que podem incidir à gestante, o emocional da mulher também pode ser afetado, pois acontecem alterações do comportamento da mulher em seu estado psicológico, pelo fato de ser uma situação difícil de contornar e lidar.
No entanto, a opinião da igreja sobre assunto continua imutável. Por mais que possuam o conhecimento necessário da situação, e das probabilidades improváveis de uma vida normal para uma criança portadora de anencefalia, sua crença é de que ao promoverem o aborto, estarão “descartando uma criança frágil e inocente” e tirando também o seu direito de viver. A igreja, partindo dos seus ideais, certamente irá contra a qualquer situação que promova a rejeição de uma vida, e por esses e outros motivos pode não alterar, pelo menos por enquanto, a sua forma de pensar em relação a essa decisão que o tribunal adotou há pouco tempo.
Muitas pessoas podem não ter o devido conhecimento do assunto e pensar que essa pratica abortiva, no caso de anencefálicos, enquadra-se com outras práticas ilegais de aborto. Por isso, é preciso estudar e analisar sobre essa nova legalização, pra que exista uma conscientização por parte das pessoas de que essa técnica é um caso a parte e difere-se das outras formas de interrupção, pois, como já foi comentado antes, a criança possui chances muito pequenas de resistir.
Não somente concordo com a nova decisão, como também apoio gestantes que levam no ventre uma criança com anencefalia e consentem o aborto. A interrupção da gravidez certamente trará sofrimento e angústia aos pais e familiares, mas a decisão de continuidade com a gravidez tende a trazer mais aflição, pois, provavelmente, trará diversos problemas físicos e emocionais para a gestante. Essa mulher estará levando no ventre uma criança praticamente sem vida, e quando esta vir a nascer, terá um período muito curto de existência, dias ou algumas semanas, prologando uma dor desnecessária para a criança. Sabendo das perspectivas mínimas de sobrevivência do recém-nascido e dos riscos à saúde da mulher, o aborto, nesses casos, será uma maneira de revogar o quanto antes uma dor imensurável, que passa somente com o tempo.
Olhando por esse prisma, creio que a decisão final tenha sido válida, uma vez que o feto apresenta uma mínima probabilidade de resistir, além do sofrimento por parte dos pais, e de riscos à saúde que a mãe pode sofrer. Prolongar a gravidez nessas circunstancias é adiar ainda mais a dor. A gestante não será obrigada a abortar, caso não seja essa a sua decisão, mas mulheres que são a favor do aborto nessas situações e que estão obstinadas a acabarem com esse sofrimento têm o direito de interromper a gestação. Os pais com o conhecimento da doença e das poucas chances de sobrevivência estão delongando cada vez mais esta angústia. Outro fator importante e que é necessário ser lembrado é de que a gravidez e o parto com um feto anencefálico possuem riscos maiores do que a gravidez normal, pois pode ocorrer hipertensão, hemorragias e infecções. A gestação tende a se prolongar além de 40 semanas e também ocorre uma maior incidência de infecções pós-cirúrgicas, entre outros danos à saúde. Assim como problemas físicos que podem incidir à gestante, o emocional da mulher também pode ser afetado, pois acontecem alterações do comportamento da mulher em seu estado psicológico, pelo fato de ser uma situação difícil de contornar e lidar.
No entanto, a opinião da igreja sobre assunto continua imutável. Por mais que possuam o conhecimento necessário da situação, e das probabilidades improváveis de uma vida normal para uma criança portadora de anencefalia, sua crença é de que ao promoverem o aborto, estarão “descartando uma criança frágil e inocente” e tirando também o seu direito de viver. A igreja, partindo dos seus ideais, certamente irá contra a qualquer situação que promova a rejeição de uma vida, e por esses e outros motivos pode não alterar, pelo menos por enquanto, a sua forma de pensar em relação a essa decisão que o tribunal adotou há pouco tempo.
Muitas pessoas podem não ter o devido conhecimento do assunto e pensar que essa pratica abortiva, no caso de anencefálicos, enquadra-se com outras práticas ilegais de aborto. Por isso, é preciso estudar e analisar sobre essa nova legalização, pra que exista uma conscientização por parte das pessoas de que essa técnica é um caso a parte e difere-se das outras formas de interrupção, pois, como já foi comentado antes, a criança possui chances muito pequenas de resistir.
Não somente concordo com a nova decisão, como também apoio gestantes que levam no ventre uma criança com anencefalia e consentem o aborto. A interrupção da gravidez certamente trará sofrimento e angústia aos pais e familiares, mas a decisão de continuidade com a gravidez tende a trazer mais aflição, pois, provavelmente, trará diversos problemas físicos e emocionais para a gestante. Essa mulher estará levando no ventre uma criança praticamente sem vida, e quando esta vir a nascer, terá um período muito curto de existência, dias ou algumas semanas, prologando uma dor desnecessária para a criança. Sabendo das perspectivas mínimas de sobrevivência do recém-nascido e dos riscos à saúde da mulher, o aborto, nesses casos, será uma maneira de revogar o quanto antes uma dor imensurável, que passa somente com o tempo.
quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012
11/11/2011,
Luana Gertz,
Nostalgia,
Pearl Jam,
Pearl Jam em Porto Alegre,
Pedaço de Mim
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Desencavando momentos da memória
Nostalgia tomando conta, o que você tende a fazer é relembrar e procurar tudo o que passou em todos esses anos (pequenos mas importantes anos, no meu caso). Certamente, esse vídeo que gravei não faz tanto tempo, dia 11/11/2011, data que, ao que parece, vai ficar na história. Não só pelos seus significativos números, mas também para os diversos gaúchos que puderam presenciar esse concerto espetacular. Não vou entrar em detalhes, pois nesse caso, o vídeo diz mais (por mais que a gravação esteja mediana). Mas tenho que exaltar: Pearl Jam é uma banda incrível. Se passou tanto tempo e eles não perderam o essencial que tantas outras bandas não deram importância, pois eles não cantam e tocam pelo visual, pela mídia ou pelo atual. Eles cantam e tocam pelo prazer e pela paixão à música. Espero que apreciem o vídeo, pois é dessa forma que eles merecem ser vistos.
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