quinta-feira, 27 de outubro de 2011 6 comentários

Mundo da lua


     Caros amigos, sei que pareço desinteressada ou até mesmo despreocupada com meu blog por não escrever aqui há tanto tempo, mas ao contrário disso, não encontro mais ocasião para brincar com as palavras e simplesmente acabo deixando isso para um dos meus últimos planos (infelizmente). Além desses fatores que me impedem de vir aqui (escola, livros, escola, trabalhos e escola), parece que as idéias andam fugindo da minha pessoa nos meus momentos de distrações e não estão me levando a sério na hora do “tá na hora de voltar, idéia”. Parece banal, mas é verdade. Agora, deixando toda essa introdução vejam-como-sou-engraçada-com-ironia, pensei em escrever sobre algo que eu convivo diariamente, ou melhor dizendo, com a minha propriamente dita "mente": viver no mundo da lua. Justamente esses dias, me perguntaram o motivo de eu ser tão desligada em certos momentos. Certamente, não pensei nada de concreto na hora e deixei o indivíduo a ver navios. Mas é claro, comecei a exercitar um pouco o meu pensamento, e cheguei à conclusão de que eu preciso disso. Obviamente não é o certo isso ocorrer todo o dia, a todo o momento (o que geralmente acontece comigo), mas todo mundo precisa de uma ocasião para si mesmo, aonde o subjetivismo fala mais alto. Isso pode não ocorrer com todo mundo, ou nem com tanto excesso, mas cada um está sujeito a um determinado período da vida, talvez por estar lidando com certos problemas ou diferentes estágios da sua história, passar por situações parecidas. No outro sentido desse desligamento, em muitos casos, as pessoas têm a tendência de se fechar para certos fatos, para ocasionalmente fugir deles. Não julgo aqui o que é certo e o errado, afinal, isso é humano. Mas em diversos momentos percebi com pessoas próximas a mim, ou até mesmo eu (afinal de contas, não há ninguém que se conheça melhor do que você mesma) que houve esse desligamento para certas verdades ou realidades cruéis, e que a melhor solução no momento era esse fechamento de uma porta que trouxesse dores ou até mesmo dúvidas. Longe de entender a mente humana, sou leiga nesse assunto e ainda tenho muito que aprender, mas a certos fatos que me deixam com pontos de interrogações um tanto incomodativas na minha cabeça.                    Deixando de conversa fiada, aproveitem o seu “eu interior”, pois não há nada mais incrível no mundo que a mente humana. Vá ao mundo da lua, viagem pelo espaço sideral, fale com extraterrestres, mas ao mesmo tempo mantenha os pés (de preferência) no chão, pois a vida aqui na terra, querendo ou não, continua. 
sexta-feira, 2 de setembro de 2011 7 comentários

Interrogação


      Parar para pensar às vezes pode até ser cansativo, mas é necessário. Isolar-se, e criar um momento aonde só você e a sua consciência dialogam, uma ocasião para colocar todos aqueles problemas em questão, e tentar resolvê-los. Minha vida vem tomando um rumo totalmente diferente do que eu esperava. Criei expectativas diversas que no final, não deram resultado. Conheci muitas pessoas que passaram na minha frente num piscar de olhos, e logo sumiram sem deixar um rastro de comparecimento. Desperdicei chances que a vida me ofereceu sem nem ao menos tentar usá-las. Errei, menti, julguei, sofri, chorei. Argumentei sobre assuntos os quais nem ao menos tinha conhecimento. Comprei e joguei fora. Gastei com inutilidades. E um dos motivos que mais vem me fazendo questionar ultimamente, é a futilidade. Nesse mundo tão materialista, venho me perguntando onde está o sentimentalismo. As pessoas não se preocupam mais em deitar em baixo da arvore e ler um bom livro, não gastam mais dinheiro com quadros, obras de artes, para colocar nas suas paredes vazias de casa. Jogam fora àqueles vinis tão raros de se encontrar hoje em dia. Não dão valor a um abraço de saudade do avô. Justificam a ausência com lembrancinhas e presentes. Gastam, compram, reclamam. Não escutam mais bandas e cantores pela sua essência e magnitude, mas pela sua imagem. Não criam, somente copiam.
E apesar de tudo, eu acredito na mudança. Confio que ainda existem religiões de diversos lugares que prezam pela alma e amor, e não pelo dinheiro. Confio que existam músicos que compõem com aquela paixão interior pela musica que só eles entendem. Confio que o preconceito seja amenizado em todos os lugares, e que a arte continue impressionando qualquer tipo de ser humano. Confio que o homem seja menos atroz, e mais humano. Confio na minha geração, confio na geração passada, e nas próximas gerações que virão.               Confio na capacidade do homem de ver a felicidade nos momentos mais simples, pois esses são os que penduram em nossa memória até o fim. Confio na simplicidade de palavras e gestos, e que estas valham muito mais do que qualquer presente ou dinheiro. Confio no respeito mútuo, na solidariedade e na consideração. E deixe de alguma forma, a sua marca nas pessoas, na terra, e na sua existência, porque que graça há na vida, se não fazemos dela uma conquista?
quarta-feira, 22 de junho de 2011 2 comentários

Um Brasil de Ninguém


        “Paz no futuro e glória no passado.” Com esse trecho do Hino Nacional Brasileiro, pode-se concluir que o nosso país encontra-se em condições propensas para o desenvolvimento. Todavia, com a criminalidade e os presídios superlotados, o Brasil está entrando numa crise interminável.
        A situação das cadeias vem-se agravando a cada dia. Locais que tendem a suportar um determinado número de presidiários estão tendo que carregar o triplo do que deveriam. Enquanto elites se preocupam mais em construir novos estádios de futebol, a propensão de entrar no mundo do crime aumenta, superlotando os presídios, trazendo catastróficas situações ao país.
     Os criminosos não possuem mais o medo de entrar em cadeias pelo simples fato de saberem que mais cedo, ou mais tarde, eles sairão de lá. A quantidade de delinqüentes que surgem a cada dia, faz com que eles se sintam em absoluto comando. A polícia que deveria controlar está sendo controlada, e a população cada vez mais desprotegida.
       A solução não é criar leis em extrema quantidade para, no final, serem esquecidas, mas sim, a melhoria das escolas e o incentivo ao estudo para a educação de todos os indivíduos que constituem o país.
terça-feira, 26 de abril de 2011 4 comentários

BBB


      Nas férias de verão, um dos assuntos mais comentados no Brasil é sobre o BBB, mas conhecido como Big Brother Brasil. Um programa com pouco incentivo educacional e irrelevante, é assistido pela maioria da população brasileira, o qual os assuntos principais são intrigas, relações, e a total perda de privacidade das pessoas ali presentes. O programa é mais uma apelação para a decadência da TV brasileira, apresentando níveis baixos de orientação cultural, e mostrando uma forma de vida utópica, o qual não condiz com a nossa realidade.  Na maioria das vezes, é utilizada uma linguagem vulgar que só contribui mais para ignorância do povo. O Brasil é um dos poucos lugares aonde vingou o chamado reality show, tirando o espaço de tantos outros programas que poderiam contribuir culturalmente e educacionalmente para a TV e para o povo brasileiro. Em minha opinião, a solução seria a educação em primeiro grau do povo para que todos tenham senso crítico, pois somente através do ensino a pessoa se torna livremente capaz de fazer o seu próprio julgamento do que é certo e errado.
sábado, 19 de fevereiro de 2011 2 comentários

Criação

      Estava eu, nesses dias de férias extremamente preguiçosas embaixo de uma cama confortável, que me lembrei do meu blog há tanto tempo esquecido. É claro que não levo e nem quero levar isso como uma obrigação, mas escrever é verdadeiramente gratificante em certas horas, ainda mais naqueles momentos de desalento e desânimo, quando você simplesmente não quer nenhum tipo de contato com alguém, só com o seu livro e suas valiosas músicas (e o que seria da nossa vida sem essas caridosas e benéficas músicas?). É uma boa terapia, mas sempre com o seu “entretanto“. Você está pronto para conseguir jogar para fora todas as suas queixas, poder comentar sobre aquele filme tão criticado, ou aquele livro que fora uma perda de tempo, e na hora H, onde está você, criatividade? Imaginação? Ou será que a sua capacidade criadora simplesmente desapareceu? É frustrante, isso sim, e muito injusto. Escritores, cronistas, colunistas ou o que for, eu tiro meu chapéu para quem disser que, em nenhum das vezes que estavam fazendo seus devidos trabalhos as idéias se dissiparam. Isso significa que você é uma pessoa de sorte, pode contar com isto. Não que a criatividade seja um bicho de sete cabeças, pois para termos tantas mentes brilhantes neste nosso mundo, isso é o que não falta. Mas não é para qualquer um que tem esse domínio tão admirado pela minha pessoa. Pintar um quadro sem copiar, fazer uma música sem plagiar não é tão simples quanto parece, mas nada é impossível. Imagine além do que você já imaginou e já pensou. Sonhe alto, não tenha medo de mostrar o que pode ser extremante criativo, mas que pelo o seu receio, nunca seja conhecido por ninguém. Há milhares de coisas nesse nosso universo que nós nem cogitamos que exista, por que não tentar algo diferente? E talvez com isso surgisse alguma esperança da minha parte em desacreditar naquela frase que soa tão crua em meus ouvidos: ‘‘nada é criado, tudo é copiado”.


quarta-feira, 5 de janeiro de 2011 2 comentários

Violão,

até um dia, quando houver mais alegria, eu procuro por você. Cansei de derramar inutilmente sem suas cordas as desilusões desse meu viver. Ela declarou recentemente, que ao meu lado não tem mais prazer.
 
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